Doença Obstrutiva Arterial Periférica

É o entupimento progressivo dos vasos que levam sangue oxigenado aos pés e músculos dos membros inferiores. Essa doença é crescente, começando com desconforto nas panturrilhas nas grandes caminhadas, passando o paciente a ter dor mesmo quando anda pequenas distâncias. Nos estágios finais, a dor nas pernas aparece mesmo em repouso, podendo evoluir com aparecimento de feridas dolorosas que não cicatrizam, gangrena e até amputação.

A chamada "claudicação intermitente" é a dor que ocorre nos músculos das pernas quando as artérias responsáveis por sua irrigação estão entupidas por placas de gordura, cálcio e coágulos. No momento em que o paciente atingido pela doença pára sua caminhada a dor desaparece minutos após; por isso é conhecida como "doença das vitrines", pois durante o período de dor ele observa as vitrines e volta a andar tão logo esteja melhor, parando em seguida quando a dor retorna, e assim por diante.

Nos estágios iniciais da obstrução praticamente não há sintomas. Eventualmente câimbras são relatadas ou cansaço nas pernas durante caminhadas maiores. A progressão é lenta e costuma demorar meses ou até anos antes do aparecimento da dor típica durante a caminhada. Progressivamente a distância capaz se andar sem dor diminui até que na fase final, pequenas caminhas até dentro de casa provocam dor. Finalmente, a dor passa a impedir o sono e alguns pacientes só obtém alívio quando a perna afetada fica pendente (pra baixo ou fora da cama).

A obstrução das artérias afeta preferencialmente os fumantes, diabéticos, hipertensos, portadores de taxas de colesterol alteradas e cardíacos. Como muitos pacientes atingidos são idosos, é comum a doença ser perigosamente confundida com problemas ortopédicos como artroses, osteoporose e alterações na coluna, retardando o correto diagnóstico.

Quando diagnosticada nos estágios iniciais, a maioria dos pacientes com obstrução das artérias das pernas melhora ou estabiliza seu quadro com mudanças no estilo de vida, caminhadas regulares, alimentação saudável, suspensão do fumo, controle da pressão arterial, do diabetes e medicamentos que melhoram a circulação do sangue. Quando essa medidas falham, a circulação pode ser reestabelecida através de desobstrução dos vasos com catéteres, balões e stents (próteses metálicas), a chamada angioplastia, ou através de cirurgia (pontes de safena). O risco de amputação existe nos estágios finais da doença.

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